Cenário otimista na América Latina

Instituto financeiro integrado por 38 bancos de nações industrializadas estima que países como Brasil, México, Chile e Peru atingirão crescimento acima de 5%

Tudo indica que 2010 será o ano da recuperação econômica. O Institute of International Finance - IFF afirma que os países da America Latina deverão sair da recessão, causada pela crise econômica mundial, com crescimento de 4,8% neste ano, ao mesmo tempo em que o investimento direto estrangeiro na região poderá chegar a níveis recordes. A América Latina é um importante mercado para o Brasil na medida em que as exportações de chocolate, balas, confeitos e amendoim para os países latino-americanos alcançaram volume total de 53.394 mil toneladas em 2009, originando um faturamento de US$ 127,856 milhões.

A previsão é que o Brasil irá liderar a expansão econômica, pois o seu PIB já apresenta 5,8% de aumento em 2010, após ter amargado crescimento zero em 2009.  O México, a segunda economia da AL, deverá crescer 4,4%, depois de o seu PIB ter recuado 6,5% no ano passado, devido à redução das exportações para os EUA, seu principal comprador. Peru e Chile são duas outras economias cujo crescimento deverá ficar acima de 5%.

Segundo a entidade fundada em 1983 e presidida por Josef Ackermann, CEO do Deutsche Bank,  a recessão que devastou os EUA, a Europa e a Ásia teve reflexos mais brandos na América Latina, onde ocasionou queda de apenas 2,3% no PIB regional de 2009.  Na AL os efeitos da crise foram combatidos com políticas fiscais e monetárias responsáveis, além de contar com um sólido sistema bancário.  Países como Brasil, Chile e Peru, que têm acesso a mercados de capitais globais, instituíram políticas prudentes e deverão se expandir, em média, 5,4% neste ano. Argentina, Equador e Venezuela, porém, que não agiram assim, devem registrar a média de crescimento de apenas 3%.

Outra previsão auspiciosa do IFF é que o investimento direto estrangeiro na AL irá crescer 27% e atingir US$ 85 bilhões em 2010. Além disso, as reservas internacionais aumentaram em quase US$ 50 bilhões e resultam no total de US$ 539,5 bilhões este ano.  O superávit da balança comercial, porém, será de US$ 49, 5 bilhões em 2010, montante inferior a 2009, quando o resultado foi de US$ 66 bilhões. Ao mesmo tempo, a emissão de títulos da dívida pública na América Latina poderá chegar a US 38,2 bilhões, 59% superior a 2009.