Com crescimento anual de 5%, Brasil deverá acrescentar mais 68 milhões de consumidores ativos em 2014, indicam as pesquisas
O perfil do consumidor brasileiro está mudando. A classe C aumentou nos últimos cinco anos, quando ganhou cerca de 30 milhões de consumidores, enquanto as classes D e E recuaram de 40% para 35%. Em 2009, a participação da classe C no consumo brasileiro atingiu uma fatia de 49%, o que representou um avanço de 4 pontos porcentuais em relação ao desempenho de 2008. Já entre as classes A e B houve uma alta de 15% para 16% na participação. Esses dados fazem parte da quinta edição do Observador Brasil, levantamento realizado e divulgado pela Cetelem, financeira do banco BNP Paribas, em parceria com a empresa de pesquisas Ipsos.
De acordo com o levantamento, em 2009, 92,8 milhões de brasileiros estão enquadrados na classe C, ante 84,6 milhões de pessoas no ano de 2008. "Nos últimos cinco anos, a classe C ganhou cerca de 30 milhões de consumidores, enquanto as classes D e E perderam 27 milhões", afirma o estudo. Nos últimos cinco anos, a classe C apresentou crescimento de 15 pontos porcentuais em sua fatia, enquanto as D e E decresceram 16 pontos.
Já as classes A e B permaneceram praticamente estáveis desde 2005. Ainda segundo a pesquisa, a renda média mensal das famílias brasileiras, em 2009, alcançou o recorde de R$ 1.285,00, alavancada principalmente pelo aumento da renda das classes C, D e E. O gasto total das famílias no ano passado, de R$ 1.066,25, foi o maior desde 2005, ante o valor gasto de R$ 970,00 em 2008.
Outra pesquisa, divulgada pela Fundação Getulio Vargas (FGV), mostra que a crise econômica global freou o avanço da classe média em 2009. Houve queda mais acentuada ao longo do primeiro trimestre do ano passado, e, em dezembro, ocorreu a recuperação quando retornou ao mesmo nível do fim de 2008. Esse levantamento mostra que a classe C – com renda entre R$ 1.115,00 e R$ 4.807,00 – abrangia 53,81% dos brasileiros antes da chegada da crise financeira internacional, há dois anos. O percentual ficou praticamente estável e fechou 2009 com 53,58% da população.
De acordo com a pesquisa da FGV, nos últimos seis anos, a classe C incorporou 32 milhões de pessoas, com aumento de 26% nessa faixa. O avanço, em termos percentuais, é menor do que o crescimento das classes A e B (com renda acima de R$ 4.807,00), que superou a faixa de 50% entre 2003 e 2009.
Segundo pesquisas do IBGE, utilizadas como base para o estudo da FGV, o Brasil deverá manter o crescimento médio de 5% ao ano. Até 2014, as classes A, B e C podem incorporar mais 36 milhões de pessoas, que, junto com os 32 milhões que foram incorporados antes da crise, resulta em uma faixa adicional com aproximadamente 68 milhões de pessoas a mais no mercado consumidor do País.
Informações adicionais nos links:
http://www.abadnews.com.br/newsn.php?codigo=1247&origem=email
http://campospt.blogspot.com/2010/04/classe-c-compra-mais-bens-de-consumo-no.html
http://oglobo.globo.com/economia/mat/2010/02/10/crise-global-emperra-avanco-da-classe-media-em-2009-segundo-fgv-915834074.asp