Estudo revela que o aumento do potencial de consumo, nos últimos cinco anos, em cidades do interior da região Sudeste supera a média nacional
O crescimento do potencial de consumo da população do interior da Região Sudeste do País superou a média nacional no período compreendido entre os anos de 2005 e 2010. Esse dado foi revelado em pesquisa da agência IPC Target, que cria um indicador para avaliar a potencialidade de consumo nacional.
Conforme o estudo, o potencial de consumo no interior do Sudeste cresceu 95,6% até agora, enquanto que, nas áreas metropolitanas da mesma região, o ritmo de aumento foi de 89%. No restante do País, o potencial de consumo teve alta de 95,5%.
Outro resultado importante: o consumo das famílias brasileiras deverá crescer 6,1% em 2010, acima da economia do País – cuja previsão de alta é de 5%. No total, os brasileiros vão gastar R$ 2,2 trilhões na aquisição de produtos e serviços, montante 22% acima do projetado no ano passado. O crescimento deverá ser superior a R$ 338 bilhões quando comparado a 2009.
O diretor-geral da IPC Target, Marcos Pazzini, avalia que a diferença de comportamento na taxa de crescimento entre as áreas metropolitanas e o interior do Sudeste é causada, principalmente, pela tendência de migração dos investimentos, inclusive do setor industrial. Ele lembra que os custos tendem a ser mais altos nas regiões metropolitanas e estimulam a transferência de empresas, e até de profissionais, em busca de melhor qualidade de vida. Além disso, quase sempre há benefícios oferecidos pelas prefeituras, como incentivos fiscais e doações de terrenos para atrair novos empreendimentos. "E a tendência é que o processo continue nos próximos anos", avalia.
Outra explicação para o crescimento mais acelerado do interior do Sudeste é atribuído ao desempenho do agronegócio. Entre 2005 e 2010, o número de empresas neste setor no Brasil cresceu 250,5%, ante 33,5% em média das companhias das demais áreas. A quantidade de empresas do agronegócio no Sudeste, por sua vez, teve alta de 338,1%. Esta tendência ganha mais relevância quando se consideram somente as cidades do interior da região Sudeste, onde o surgimento de novas empresas ligadas ao setor agrícola atingiu 414,5% em cinco anos.
O IPC Target de 2010 também consolida a importância da classe C, que concentra o maior contingente de domicílios urbanos: 48,7%, respondendo por 27,7% de tudo que será consumido no País. A classe C vai absorver R$ 579,7 bilhões do consumo nacional, elevando o poder de compra em relação a 2009, quando essa cifra era de R$ 532 bilhões.
Os itens básicos liderarão os gastos da população brasileira, como manutenção do lar, que incorporam despesas com aluguéis, impostos e taxas, luz-água-gás (27,6%); alimentos e bebidas (19,7%); transportes/veículos (7,6%); higiene/cosméticos e saúde (7,3%); vestuário e calçados (5,3%); seguidos de recreação e viagens (3,7%); educação (2,6%); eletrônicos-equipamentos (2,2%); móveis e artigos do lar (2%), e fumo (0,7%).
Informações adicionais sobre o IPC Target 2010 estão nos links:
http://www.abadnews.com.br/newsn.php?codigo=1320&origem=email
http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20100611/not_imp564762,0.php
http://www.clientesa.com.br/estatisticas/default.asp?pag=matintegra&matID=39273