Resistente ao calor

Barry Callebaut, recém-chegada ao Brasil, desenvolve um novo chocolate com maior ponto de fusão para não derreter nas mãos do consumidor

LEGENDA
Chocolate Vulcão que não derrete nas mãos
A Barry Callebaut, maior fabricante de chocolate do mundo, promete lançar, até 2012, um chocolate que não derrete nas mãos e tem 90% menos de calorias. Por enquanto, o produto, que começou a ser desenvolvido há três anos, está em fase de testes e recebeu o nome provisório de Vulcão. O novo chocolate tem ponto de fusão superior a 55º Celsius (contra os 30º do chocolate convencional) e derrete somente ao ser exposto a essa temperatura ou quando entra em contato com a saliva. Trata-se, portanto, de um produto adequado a países de clima quente ou regiões cuja logística de transporte não é adequada.

Embora o sabor seja o mesmo do chocolate comum, a sua textura é bastante leve e aerada: 10 pedaços do Vulcão têm as mesmas calorias de um único pedaço do tradicional. A Barry Callebaut não sabe informar quando o chocolate que não derrete nas mãos começará a ser produzido em escala industrial e distribuído a clientes.  Por se tratar de um produto especial, o preço também será diferenciado, embora ainda não esteja definido.

A Barry Callebaut tem tradição no desenvolvimento de chocolates especiais, pois foi uma das pioneiras no desenvolvimento de chocolates com baixo teor de açúcar e gordura. Foi a primeira a desenvolver o chocolate probiótico, com organismos vivos que beneficiam a saúde, e também criou o chocolate Acticoa, bom para o coração.  

Barry Callebaut

Andreas Jacobs, presidente global da Barry Callebaut
e Juergen Steinemann, diretor-geral,
na fábrica em Extrema, Minas Gerais
Este grande player internacional há cerca de um mês inaugurou sua primeira fábrica no Brasil, localizada em Extrema (MG). Antes, a empresa tinha somente uma unidade de beneficiamento localizada em Ilhéus (BA). Foram investidos R$ 28 milhões para a instalação, e a escolha da região se deve à localização estratégica da cidade, a 120km de São Paulo e próxima a outros centros, como Belo Horizonte e Rio de Janeiro. As instalações têm capacidade para produzir 20 mil toneladas de chocolate, em barra ou líquido, destinadas a clientes industriais e de serviços alimentícios, como hotéis e confeitarias. O Brasil será plataforma para os planos de crescimento da companhia na América Latina. Até 2020, a empresa planeja inaugurar uma segunda unidade no País.

Informações adicionais:
http://economia.ig.com.br/inovacao/barry+callebaut+desenvolve+chocolate+que+nao+derrete+nas+maos/n1237685928242.html

http://economia.ig.com.br/empresas/industria/brasil+sera+ponte+para+expansao+da+barry+callebaut+na+al/n1237638039206.html