Oportunidades e desafios para a indústria brasileira de confectionery
Abertura do evento
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O palestrante Romeo Lacerda |
Quanto às mudanças sociais e demográficas, Lacerda destacou que, nos últimos 8 anos, o Brasil incorporou, à sua classe média, um volume de consumidores que corresponde à população da Espanha. Outros pontos positivos: os índices de desigualdade melhoraram sensivelmente; a escolaridade vem melhorando, apesar do descompasso com outros países; o envelhecimento da população será fator benéfico nos próximos anos, e o Brasil poderá crescer mais se reformas essenciais forem postas em prática.
O consumidor, por sua vez, já não é o mesmo: há mais pessoas morando sozinhas, e as famílias são menores. O “neoshopper” é um consumidor multicanal, digital e global. Ele vai, em média, 16 vezes no mês aos pontos de venda e gasta R$ 15 cada vez na compra de quatro itens.
Todos esses fatores delineiam um cenário favorável para a indústria de chocolates do País, pois o mercado brasileiro já é grande e mostra potencial de crescimento por penetração e, principalmente, por frequência de consumo, assinalou o executivo.
Pode-se estimar, a partir de 2011, o crescimento de dois dígitos em valor, em função do aumento da renda disponível e da oferta da indústria. O crescimento se dará por inovação e disponibilidade ao consumidor. A concorrência, porém, também continuará a crescer em função da atratividade do mercado.
Uma prova incontestável de que o mercado brasileiro é realmente atraente para os fabricantes de chocolate é que todos os players globais, com exceção da Lindt, já estão operando no País.