Visão panorâmica

Oportunidades e desafios para a indústria brasileira de confectionery 

Abertura do evento  
O cenário macroeconômico, as principais mudanças sociais e demográficas, o comportamento do consumidor e suas implicações para a indústria de chocolates foram os pontos analisados, com muita competência, pelo Diretor de Categoria Snacks da Kraft Foods, Romeo Lacerda, na palestra de abertura do I Encontro Nacional da Indústria de Chocolate, Balas & Confeitos e Amendoim. O tema foi Cenário Externo e Perspectivas para a Indústria de Chocolates no Brasil.  

O palestrante Romeo Lacerda
O executivo brasileiro destacou que o PIB do Brasil  se recuperou completamente depois da crise global. Com aumento previsto de 4,5% também para 2011, a expectativa é de manutenção do nível de crescimento. Com a vantagem do desemprego em queda no País e juros estáveis, há uma expectativa positiva por parte de empregados e do empresariado.

Quanto às mudanças sociais e demográficas, Lacerda destacou que, nos últimos 8 anos, o Brasil incorporou, à sua classe média, um volume de consumidores que corresponde à população da Espanha. Outros pontos positivos: os índices de desigualdade melhoraram sensivelmente; a escolaridade vem melhorando, apesar do descompasso com outros países; o envelhecimento da população será fator benéfico nos próximos anos, e o Brasil poderá  crescer mais se reformas essenciais forem postas em prática.

O consumidor, por sua vez, já não é o mesmo: há mais pessoas morando sozinhas, e as famílias são menores. O “neoshopper” é um consumidor multicanal, digital e global. Ele vai, em média, 16 vezes no mês aos pontos de venda e gasta R$ 15 cada vez na compra de quatro itens.
  
Todos esses fatores delineiam um cenário favorável para a indústria de chocolates do País, pois o mercado brasileiro já é grande e mostra potencial de crescimento por penetração e, principalmente, por frequência de consumo, assinalou o executivo.

Pode-se estimar, a partir de 2011, o crescimento de dois dígitos em valor, em função do aumento da renda disponível e da oferta da indústria. O crescimento se dará por inovação e disponibilidade ao consumidor. A concorrência, porém,  também continuará a crescer em função da atratividade do mercado.

Uma prova incontestável de que o mercado brasileiro é realmente atraente para os fabricantes de chocolate é que todos os players globais, com exceção da Lindt, já estão operando no País.