Concessão de crédito às empresas se mantém aquecida

Estudo da Serasa Experian indica que a perspectiva de crédito às pessoas jurídicas deve permanecer em alta no início de 2011. Em contrapartida, o crédito ao consumidor será concedido em ritmo “mais suave”

O crescimento das concessões de crédito para as empresas deve se estender para os primeiros meses de 2011. Dados  do Indicador de Perspectiva de Crédito às Empresas, divulgado pela Serasa Experian, no dia 1º de dezembro, mostram que em outubro de 2010 o indicador de perspectiva de crédito para os próximos 6 meses avançou 0,2%, na comparação com setembro. Com o avanço, o indicador alcançou o valor de 103,8.

O Indicador Serasa Experian de Perspectiva de Crédito às Empresas tem o objetivo de antever, em um horizonte de 6 meses, em que fase do ciclo estarão a atividade econômica, as concessões reais de crédito às empresas e a inadimplência. 

Segundo economistas do Serasa Experian, a expansão do crédito se deve à queda gradual da inadimplência das empresas nos últimos meses e ao ritmo mais forte do crescimento econômico, após a desaceleração observada durante o 2º e o 3º trimestres de 2010. A interrupção do ciclo de elevações da taxa Selic também é apontada como elemento que proporciona uma dinâmica mais favorável para a contratação de operações de crédito, com recursos livres. 

Os aumentos sucessivos da Selic nos meses anteriores estimularam as empresas a buscarem crédito por meio de operações junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nas quais as elevações da taxa básica de juro são menos sentidas. Com a interrupção dos aumentos da taxa básica, as empresas têm maior segurança para efetuarem contratações de crédito com recursos livres.

As concessões de crédito para pessoas físicas também continuarão se expandindo, porém, em ritmo mais suave nos próximos meses, de acordo com o Indicador Serasa Experian de Perspectiva do Crédito ao Consumidor. As perspectivas de um novo ciclo de aperto monetário e o aumento do endividamento do consumidor deverão efetuar um contraponto ao avanço da massa real de rendimentos e do grau de confiança dos consumidores, contribuindo para uma evolução positiva, porém, menos acelerada.

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