Voz ativa no desenvolvimento produtivo

Fiesp e CNI participam da 2ª etapa da PDP, programa oficial do MDIC  



Da esq. p/ dir.: Paulo Skaf (pres. Fiesp), Robson Braga
(pres. CNI), Fernando Pimentel (min. MDIC)
e Luciano Coutinho (pres. BNDES), durante
o XXVII Fórum Nacional da Indústria, em São Paulo
A indústria nacional será ouvida e terá participação efetiva na segunda etapa da Política de  Desenvolvimento Produtivo do País  (PDP), cujas definições deverão sair no prazo de dois meses. As interlocutoras da indústria com o governo serão a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Junto com PDP 2  deverá ser formulada uma nova estratégia de comércio exterior.

A afirmação foi feita pelo ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, durante o XXVII Fórum Nacional da Indústria, realizado em 14 de fevereiro, em São Paulo. Segundo Fernando Pimentel, a presidente Dilma Rousseff pediu prioridade para o assunto.  “Ficou decidido que sociedade e governo trabalharão a quatro mãos”, informou o presidente da Fiesp, Paulo Skaf.

Foi divulgada a reativação do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI), criado em 2004, quando atuou na preparação da primeira política industrial formulada do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

“Vamos fazer renascer o CNDI como uma entidade de alto nível, voltada para discussão, acompanhamento e implementação da política industrial do governo”, afirmou Pimentel. Segundo o novo titular do MDIC, o CNDI será composto de 14 ministros de Estado e pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A sociedade civil terá 14 assentos no conselho.

Também foi discutida a perda de competitividade de muitos segmentos industriais, provocada pela valorização do real, pelas altas taxas de juros, pela dificuldade de acesso ao crédito e pela agressiva concorrência externa. “Se o País continuar com esse ritmo na importação, muitos setores terão graves problemas em um futuro próximo”, salientou Skaf.

Por sua vez, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse que o governo espera iniciar, juntamente com o lançamento da segunda etapa da PDP, a operação do Eximbank brasileiro, uma estrutura administrativa cujo objetivo é financiar e incentivar as exportações do País. Coutinho afirmou que o organismo funcionará como um “elemento de reforço à competitividade".

Ele confirmou que o BNDES vai receber um novo aporte financeiro por conta da prorrogação do  Programa de Sustentação do Investimento (PSI), mas não revelou os valores envolvidos, embora já estejam definidos. Coutinho informou apenas que o anúncio será feito pelo Ministério da Fazenda. 
O PSI foi lançado em julho de 2009 para financiar, a longo prazo e com taxas de juros reduzidas, diversas áreas da indústria, principalmente máquinas e equipamentos. Inicialmente, a previsão era que o plano fosse encerrado em março deste ano.

Coutinho também reconheceu que existem pressões sobre o custo da atividade produtiva, mas afirmou que o governo vem fazendo um esforço no plano fiscal para controlar a inflação. A seu ver, a segunda edição do PDP deve impulsionar ainda mais o crescimento econômico do País.

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