Acompanhamento da Fipe projeta taxa de 5%, com viés de alta, para o acumulado de 2011
Dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) mostram que a alimentação, em São Paulo, subiu 0,09% em março de 2011. Segundo a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), o indicador encerrou março com 0,35% de aumento. Outros grupos que contribuíram para a alta do IPC em São Paulo foram transportes, com 1,04% e educação, com 0,13%.
O aumento de 0,35% do índice da Fipe é inferior ao de fevereiro, quando o IPC atingiu alta de 0,60%. Para o acumulado do ano, o instituto projeta uma taxa em torno de 5%, com viés de alta.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou alta de 0,79% em março. Nos últimos 12 meses, o índice está acumulado em 6,30%.
A inflação ficou praticamente estável em março sobre fevereiro, contrariando a previsão do mercado de uma desaceleração, e a taxa em 12 meses aproximou-se mais do teto da meta do ano.
Para 2011, o centro da meta de inflação perseguido pelo Banco Central (Bacen) é de 4,5%. O mercado, porém, prevê inflação de 6,02%. No ano passado, a inflação foi de 5,91%, a maior registrada no País desde 2004.
O próprio Bacen elevou a estimativa para a inflação neste ano de 5% para 5,6%. O centro da meta pode ter variação de dois pontos percentuais para cima ou para baixo: ou seja, a inflação poderia ir de 2,5% a 6,5%. O índice de 4,5% é chamado de centro, pois está bem no meio dos extremos.
No cálculo do IPCA, os preços do grupo alimentos subiram 0,75%, acima da elevação de 0,23% em fevereiro. Outros destaques de alta foram vestuário, com aumento de 0,56% em março e transportes, com avanço de 1,56%. Em contrapartida, desaceleraram a alta os grupos despesas pessoais (0,78%) e educação (1,04%).
Também em março, a cesta básica ficou mais cara para o consumidor em 14 das 17 capitais brasileiras analisadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos(Dieese). A principal alta ocorreu em Natal (RN), com 6,19% em comparação com fevereiro de 2011.
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica, entre as cidades com as altas mais acentuadas de preço estão Salvador (4,90%), Vitória (4,88%) e Rio de Janeiro (4,33%). Houve queda apenas em Recife (-0,77), Manaus (-0,54%) e Brasília (-0,05%).
Já na cidade de São Paulo, a cesta fechou o terceiro mês deste ano como a mais cara do País, custando R$ 267,58. Em seguida, vem o conjunto de alimentos de Porto Alegre (R$ 261,13) e Rio de Janeiro (R$ 259,80). Aracaju (R$ 192,35) foi a única capital onde os produtos básicos custaram menos de R$ 200,00.
Mais informações nos sites:
http://www.band.com.br/jornalismo/economia/conteudo.asp?ID=100000414655
http://exame.abril.com.br/economia/brasil/noticias/alimentos-vao-continuar-subindo-acima-da-inflacao-preve-fipe
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/reuters/2010/12/02/inflacao-esta-sob-controle-e-preco-dos-alimentos-cairao-em-2011-diz-mantega.jhtm
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/redacao/2011/04/07/inflacao-precos-sobem-63-em-um-ano-diz-ibge.jhtm
http://economia.uol.com.br/ultimas-noticias/infomoney/2011/04/05/dieese-em-marco-preco-da-cesta-basica-sobe-em-14-capitais-pesquisadas.jhtm