Fabricante italiana de chocolates analisa substituir importação por produção local
Produção das linhas Tic Tac podem vir para o Brasil |
A companhia italiana de chocolates e balas Ferrero Rocher pretende produzir na sua fábrica em Poços de Caldas (MG) as pastilhas Tic Tac, os chocolates da família Kinder e novos itens do portfólio da marca, atualmente importados. A informação foi passada pelo presidente da Ferrero Rocher Itália e vice-presidente das operações internacionais da companhia, Francesco Paolo Fulci, em entrevista para o jornal Brasil Econômico no final de outubro. Os investimentos no Brasil refletiriam, segundo o executivo, o atual crescimento econômico do país e do poder de compra dos brasileiros. “Estamos planejando produzir novos itens no Brasil em vez de importá-los, caso das pastilhas Tic Tac, cujas vendas crescem muito a cada ano. Está na hora de dar um novo passo no seu país”, disse Fulci.
A iniciativa faz parte de um plano focado no aumento dos mercados consumidores dos países que compõem o BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), para ampliar o faturamento de US$ 10 milhões, alcançado pela companhia no último ano fiscal (set/2010-ago/2011). O empresário não revela quando as novas linhas entrarão em operação, mas garante que há mercado e capacidade produtiva no Brasil. A capacidade instalada da unidade de Poços de Caldas, que fabrica os chocolates Ferrero Rocher e Nutella, atualmente é de 55%.
Segundo o jornal, Fulci dá a entender que, se receber incentivo fiscal de outro estado também poderá analisar a produção de pastilhas e chocolates em outra região. “Não há nada definido. Estamos estudando”, advertiu o presidente. Ele não descarta a possibilidade de a empresa produzir localmente o Kinder Joy (versão mais resistente ao calor do Kinder Ovo). “Este produto visa atrair crianças como as do Nordeste, região quente onde o Kinder Ovo não resistiria ao calor.”
Fulci ressalta que o Brasil é “uma economia poderosa em transição para se transformar em um dos motores da economia global”. Com recursos naturais e mão de obra em abundância, o presidente da Ferrero enxerga o país como uma terra de oportunidades, assim como a Índia (onde acaba de inaugurar uma fábrica), a Rússia e a China . Segundo ele, virá da América Latina, Ásia e do Leste Europeu o maior impulso para venda de chocolates e balas do mundo, nos próximos cinco anos.