Maior feira de chocolates do mundo chega ao Brasil


Brasil será o primeiro país da América Latina e o primeiro produtor de cacau a receber o famoso Salon du Chocolat
Salvador receberá
edição 2012 do evento


Salvador foi o local escolhido para receber a primeira edição da maior feira de chocolates do mundo, o Salon Du Chocolat. O evento, que este ano reuniu mais de 400 expositores e atraiu cerca de 130 mil visitantes em cinco dias, nasceu em Paris em 1995 e já está consolidado em cidades como Nova York, Xangai e Madri.  

O anúncio, que teve o apoio do governo da Bahia, aconteceu durante uma breve visita do organizador das edições internacionais, Genaro Bardy, ao Brasil, em julho deste ano.

Na primeira semana de julho de 2012, produtores de cacau e chocolateiros de dentro e de fora do país estarão reunidos na capital baiana num formato semelhante ao original, incrementado com novidades, lançamentos e aberto ao público. Haverá visitas guiadas a fazendas produtoras da região e um fórum inédito para discutir o futuro do chocolate, com participação de cem personalidades da área vindas de diversos países.
Feira nasceu em Paris, em 1995


"Hoje, o Brasil é um dos mercados com maior potencial de consumo. Empresas internacionais estão com os olhos voltados para cá", diz Diego Badaró, da Amma Chocolate, responsável pela chegada da feira. São marcas como La Maison du Chocolat, Pierre Hermé e Michel Cluizel, uma das mais respeitadas na França, que sondam o Brasil. Esta última entrou timidamente no território nacional, com produtos à venda na Casa Santa Luzia, em São Paulo, e já demonstrou interesse em abrir um ponto de venda em terras brasileiras.

No ano passado, o país recebeu duas grandes marcas com reconhecimento mundial: a belga Barry Callebaut abriu fábrica em Minas Gerais --e espera crescer em torno de 30% em 2011 para acompanhar o aumento da demanda-- e a francesa Valrhona, que abriu loja no começo de 2010 em São Paulo, acaba de inaugurar um ponto no shopping Pátio Higienópolis, também em São Paulo, e prevê a abertura de mais uma unidade até o fim deste ano.

Ao mesmo tempo em que o mercado se aquece, o cacau brasileiro dá sinais de renascimento. Isso, depois de ter sido devastado por uma praga (a vassoura-de-bruxa) nos anos 80, e de ter perdido o viço. Produtores de Estados como a Bahia, o Pará e o Espírito Santo, no entanto, estão empenhados em resgatar e estimular a vitalidade da produção, trazer o homem de volta à terra e preservar a natureza via reflorestamento.