Ações da empresa em parceria com ONGS e associações locais ajudam a
fomentar produção cacaueira no país
Inspirado em práticas agrícolas bem-sucedidas, o pacote tecnológico implantado nessas propriedades prevê a mudança de manejo do cacau – por exemplo, corrigindo o sombreamento excessivo e aumentando o a densidade por hectare – e vem mudando a situação dessas áreas, até então consideradas pouco produtivas. “As primeiras dez fazendas que aderiram ao programa saíram do patamar de 11,5 arrobas por hectare para algo em torno de 32 arrobas”, afirma Rodrigo Melo, gerente de originação de cacau da Cargill.
Uma matéria publicada pelo jornal inglês The Independent no final do ano passado fazia uma previsão amarga para os amantes do chocolate: em até 20 anos, a iguaria se tornaria tão rara quanto o caviar, graças à escassez de cacau no mundo. A constatação é baseada em um estudo da Associação de Pesquisa do Cacau da Inglaterra, que afirma que o consumo do produto final vem crescendo em ritmo muito maior do que a produção do fruto do cacaueiro.
Ao redor do mundo, grandes empresas vêm se mobilizando para reverter a situação. No Brasil, o exemplo mais significativo é encabeçado pela Cargill, que se uniu a ONGS e associações para melhorar práticas de manejo e, assim, impulsionar a produção nacional. O país, que já foi o segundo maior plantador mundial, ainda sofre as conseqüências da praga de vassoura-de-bruxa que arrasou as plantações no final de década de 80. “Antes da doença, a produção chegava a 400 mil toneladas anuais. Hoje gira em torno de 235 mil, o que nos deixa em quinto lugar no ranking mundial”, afirma Manfred Müller, coordenador técnico-científico da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), órgão ligado ao Ministério da Agricultura.
A utilização de clones resistentes à vassoura-de-bruxa é uma das iniciativas do Projeto Phoenix – assim batizado para simbolizar o renascimento do cacau a partir das cinzas deixadas pela doença. Realizado em parceria com a Associação da Indústria Produtora de Cacau (AIPC), o projeto tem orçamento de quase 700 mil euros, está no quarto ano e já beneficiou 25 produtores do sul da Bahia.
Ao redor do mundo, grandes empresas vêm se mobilizando para reverter a situação. No Brasil, o exemplo mais significativo é encabeçado pela Cargill, que se uniu a ONGS e associações para melhorar práticas de manejo e, assim, impulsionar a produção nacional. O país, que já foi o segundo maior plantador mundial, ainda sofre as conseqüências da praga de vassoura-de-bruxa que arrasou as plantações no final de década de 80. “Antes da doença, a produção chegava a 400 mil toneladas anuais. Hoje gira em torno de 235 mil, o que nos deixa em quinto lugar no ranking mundial”, afirma Manfred Müller, coordenador técnico-científico da Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira), órgão ligado ao Ministério da Agricultura.
A utilização de clones resistentes à vassoura-de-bruxa é uma das iniciativas do Projeto Phoenix – assim batizado para simbolizar o renascimento do cacau a partir das cinzas deixadas pela doença. Realizado em parceria com a Associação da Indústria Produtora de Cacau (AIPC), o projeto tem orçamento de quase 700 mil euros, está no quarto ano e já beneficiou 25 produtores do sul da Bahia.
Produção acima de 32 arrobas |
A melhoria de práticas, inclusive administrativas, também é focode uma parceria da Cargill com a CARE, organização humanitária de combate à pobreza. Atuando há três anos em áreas de assentamento, o projeto Caçuá implantou 12 unidades demonstrativas nos municípios de Uruçuca e Santa Luzia. Espécie de vitrine de boas iniciativas, o programa ajuda os agricultores a aprimorar suas habilidades tanto na produção do cacau quanto na administração das propriedades.
As ações priorizam o fortalecimento das associações de pequenos produtores e a introdução de conceitos socioambientais. Em uma área tradicionalmente dominada por grandes propriedades, o resultado acaba indo muito além. “O produtor passou a acreditar em sua capacidade de empreender e a investir no cultivo do cacau. Com o aumento da produtividade, sua renda mensal chega a R$ 770. Há o ganho financeiro, mas, principalmente, de auto-estima”, afirma Glória de Castro, coordenadora do programa da CARE na Bahia.
Parceria da Cargill com a Care Brasil implantou 12 unidades demonstrativas |